Rumo a um Lean TPM? O futuro do TPM mais ágil, integrado e orientado a valor

TPM Essencialista: menos burocracia, mais impacto, foco no que é essencial. Veja como a nova geração do TPM está transformando operações no mundo VUCA.

Jon W. Zarpellon

11/27/20253 min read

Introdução

A verdade incomoda, mas precisa ser dita: O TPM que muitas empresas praticam hoje está lento, burocrático e distante da realidade operacional. É um TPM cheio de passos, formulários e cerimônias… mas com pouco impacto real. A metodologia como objetivo final, e não como meio. E isso levanta uma questão inevitável:

Será que não está na hora de criarmos um TPM mais leve, mais rápido e mais inteligente?

Talvez estejamos diante da maior evolução do TPM em décadas — e poucos perceberam. Nos últimos anos, o TPM evoluiu — e precisa continuar evoluindo — em direção a algo mais simples, direto e alinhado ao que realmente gera valor. Independentemente do nome a se dar, é fato que, com o mundo cada vez mais VUCA, precisamos aplicar os conceitos do Lean para rever o TPM com novos olhos. Menos burocracia e mais entrega real de valor. Os fundamentos devem ser preservados, porém a forma deve evoluir.

Um TPM para o mundo VUCA

Vivemos um ambiente marcado por Volatilidade, Incerteza, Complexidade e Ambiguidade. O TPM tradicional, pesado e ritualístico, já não responde com a velocidade necessária.

A solução não é abandonar os pilares — pelo contrário, os fundamentos são inegociáveis. Mas precisamos de um TPM mais ágil, mais simples, mais digital, mais conectado às dores reais da operação.

É aqui que nascem expressões como Lean TPM, TPM Ágil, TPM Essencialista. Elas refletem essa repaginação natural: um TPM que mantém a essência, mas elimina tudo o que não gera valor.

O TPM clássico ainda é válido. O problema é tudo que adicionaram em cima dele.

O TPM nasceu para ser simples. Para empoderar pessoas. Para eliminar perdas. Para melhorar o fluxo e garantir estabilidade.

Mas, ao longo dos anos, virou exatamente o que deveria combater: um sistema cheio de desperdício.

  • Documentação infinita

  • Rituais mecânicos

  • Reuniões longas

  • Departamentalização

  • Foco em “cumprir etapas”, e não em gerar valor

Esse excesso se tornou um peso. Um freio. Um desvio do propósito.

Proponho 5 princípios para um TPM realmente moderno

1. Radicalmente simples

Se uma ferramenta precisa de três páginas para ser explicada, já nasceu errada.

2. Integrado ao negócio, não paralelo à rotina

TPM não pode ser um “programa” apenas. Tem que ser o jeito natural de gerir a fábrica. TPM não é um objetivo, é como alcançamos o objetivo. É simplesmente como pensamos e fazemos as coisas.

3. Foco brutal nas perdas prioritárias

Atacar tudo é atacar nada. No mundo de hoje, se você consegue atacar todas as perdas ao mesmo tempo, muito provavelmente sua estrutura está inchada e, por consequência, seu custo não é competitivo… A concorrência fez as margens diminuírem. Os recursos são limitados. Escolha o que importa e concentre energia lá — sem culpa. “Ah, mas eu tenho essa outra perda aqui!!!”. Relaxa, todas terão a sua vez. Menos iniciativas e mais “acabativas”. Aí está o valor.

4. Dados para iluminar; pessoas para decidir

Indicador não substitui julgamento. Ambos precisam coexistir.

5. Não corte asas; ensine a voar

Times empoderados, mas dentro de padrões simples, claros e replicáveis.

Qual nome dar a esta nova fase

A verdade é que o nome é menos importante que a coragem de abandonar o excesso. Mas, só para provocar, aqui vão alguns candidatos:

  • TPM Ágil

  • Lean TPM

  • TPM Essencialista ou Minimalista

  • TPM Focado

  • TPM 4.0

  • TPM Sem Frescura (para os mais ousados)

O que define esse novo modelo não é o rótulo, mas o movimento:

Um TPM que volta às raízes, corta o desperdício e coloca resultado acima de formalidade.

Conclusão: O TPM não morreu, ele amadureceu.

Empresas que continuarem presas a um TPM pesado vão perder velocidade, talento e competitividade. As que abraçarem um TPM mais leve, direto e focado vão ganhar mais produtividade, mais engajamento, e resultados muito mais rápidos.

A pergunta agora é: qual versão você decide liderar?

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