O ovo ou a galinha... Engajar ou subir a régua?
Subindo a régua, tenho análises e soluções mais robustas, mas feitas por poucas pessoas. Abaixando a régua, tenho mais pessoas utilizando o método, mas com um nível inferior. E agora, onde mexer primeiro? Engajar ou subir a régua?
Jon W. Zarpellon
11/20/20252 min read


Introdução
Você quer que o máximo de pessoas utilize a Resolução de Problemas estruturada — e com a melhor qualidade possível. Simples no papel. Difícil na prática.
Esse dilema pode ser comparado à clássica pergunta: "O que vem antes: o ovo ou a galinha?" Mas aqui a questão é: o que vem primeiro, engajamento ou robustez?
Vamos observar as extremidades.
Quando a régua é alta demais
Se você é extremamente crítico e busca excelência desde o primeiro passo, a qualidade das análises sobe. Porém, o efeito colateral é inevitável: o engajamento cai.
Pessoas passam a ter medo de errar, evitam usar os métodos e, como resultado, você terá poucas análises — embora excelentes.
É como ter um sniper altamente treinado… mas sozinho no campo de batalha.
Quando tudo é permitido
Se o ambiente é extremamente permissivo, as pessoas se sentem confortáveis e participam mais. Você amplia a base, gera movimento e volume.
Mas, sem rigor, a qualidade deixa a desejar — problemas reaparecem, análises ficam rasas e decisões perdem impacto.
É como ter um exército de camponeses com espingardas, porém mal treinados.
Então… o que escolher?
A melhor resposta seria: os dois.
Mas quando falamos de organizações grandes, recursos limitados e tempo escasso, precisamos fazer escolhas estratégicas.
Treinamos snipers desde o início (alta qualidade)?
Ou damos armas e instruções básicas para todos (alto volume)?
Esse é o coração do dilema: primeiro volume ou primeiro eficiência?
A estratégia que funciona: periodização
Na prática, descobri um caminho que acelera resultados: começar pelo engajamento e subir a régua depois. Depois repetir.
Porque:
Pessoas engajadas geram melhoria — mesmo sem métodos perfeitos.
Pessoas desengajadas, mesmo com o método perfeito, não geram nada.
Primeiro você forma uma base de soldados motivados. Depois os transforma em snipers de elite. Mas essa evolução é em espiral. Um equilíbrio tênue entre desafio e sensação de potência.
Quando o movimento começa, aí sim chega a hora do rigor
Quando as pessoas participam, sentem que são capazes e começam a entregar resultados, você vence o primeiro nível do jogo.
É o equivalente a ensinar alguém a pedalar com rodinhas. Depois, quando a confiança está estabelecida, você remove as rodinhas e aumenta a cobrança — com naturalidade.
Não é uma linha reta — é um ciclo
Assim como treinamento físico, o desenvolvimento da maturidade em Resolução de Problemas exige periodização:


Tentar fazer ambos simultaneamente é possível somente na teoria — mas extremamente difícil do ponto de vista de comunicação, gestão e cultura.
É fácil explicar algo complexo a uma pessoa. É quase impossível explicar algo complexo para mil pessoas ao mesmo tempo.
Por isso, mensagens precisam ser direcionadas e fases precisam ser claras.
Conclusão
A maturidade em Resolução de Problemas não nasce da cobrança excessiva desde o início, nem da permissividade eterna. Ela nasce da evolução intencional:
Engajar primeiro.
Subir a régua depois.
Repetir o ciclo.
Essa estratégia não só gera mais resultados, como acelera a evolução do time.


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